terça-feira, 31 de março de 2015

BE HAPPY NA FOLHA DE S.PAULO

Salão Casamoda Noivas atrai quem quer casamento superproduzido


Os noivos que estiveram na 4ª edição do Salão Casamoda Noivas, em São Paulo, provavelmente não se preocupam apenas com o matrimônio, e sim em arrasar no "grande dia". O evento, voltado ao mercado de luxo, durou de sexta (27) a domingo (29) no hotel Unique e na Casa Petra e contou com desfiles, fornecedores e serviços para quem está disposto a investir alto para tornar sua festa inesquecível.

O visual parece ser a preocupação número 1: do nada minimalista topo de bolo de porcelana da Began, medindo 37 cm de altura, às empresas que constroem cenários cinematográficos, com falsos vitrais, árvores e show de luzes. A intenção é, no mínimo, ouvir "uau" dos convidados. Pensando nisso e, talvez, nos diversos 'likes' nas redes sociais, os noivos podem até alugar para a festa um equipamento da PowerPlug que carrega a bateria dos celulares dos convidados.

O forte do evento é a moda. A noiva que procurava seu vestido ideal teve à disposição 20 expositores e desfiles com atrizes como Débora Nascimento, Josie Pessoa, Bruna Linzmeyer, Giovanna Ewbank, entre outras. Na passarela e nas araras, peças mais conservadoras, com mangas longas, saias em A e camadas de tecido, fizeram companhia aos modelos justíssimos e que evidenciam busto, costas e até pernas.O queridinho de muitos dos estilistas é tule illusion, sucesso entre as noivas de 2014 e que continua em alta neste ano. O tecido, que dá um efeito de transparência e cria a ilusão de que o corpo está à mostra, estava presente no desfile de Samuel Cisnansck, que fez o vestido de noiva da atriz Juliana Paes, e em diversos estandes do evento. "É uma sensação na moda festa", explica Alan Cappelletti, resposável pelo marketing da Nova Noivas.

A loja, que está há mais de 30 anos no mercado e atende em quatro endereços em São Paulo, se surpreendeu com a procura por um vestido-conceito que fechou o último desfile da marca. "O que era para ser um vestido de passarela, tornou-se bem procurado pelas noivas", conta Cappelletti. Com muito tecido –do pescoço aos pés– e superbordado com paetês, cristais, rendas e tule illusion, o primeiro aluguel da peça pode chegar a R$ 27 mil, o mais caro da loja em exposição. No sábado, três noivas optaram pelo modelo.

Camila Junges Baneto, 31, que vai se casar em dezembro deste ano, já escolheu o local, o buffet, a filmagem e a banda de seu casamento e foi à feira justamente em busca do melhor vestido para ela. "Não encontrei ainda, mas deu para ter bastante ideia", diz. Fugindo à tradição, o noivo, Victor Daniel Kogan, 40, a auxilia na escolha do modelo. O casal também não descarta contratar um carrinho da Gelato Boutique que viu na feira para "refrescar os convidados no fim da festa", já que vão se casar no verão.
As tiaras da D. Cantidio e as joias da LaSpinella fazem a cabeça das noivas, assim como alta chapelaria de Graciella Starling. A peça feita com fio de cobre e pérolas usada pela atriz Fernanda Sousa no casamento com o cantor Thiaguinho, por exemplo, custa cerca de R$ 1.000 na maison da chapeleira.

Apesar do evento ser voltado ao mercado de luxo, alguns expositores, como a doceria Ana Abelha, pratica preços competitivos em seus docinhos de mesa, que vão de R$ 170 a R$ 370 o cento. Entre os campeões de venda, estão o brigadeiro dourado, o copinho com frutas e o minimacarron.

Além das dezenas de blogueiras munidas de fotógrafos profissionais e de seus smartphones para inundar as "noivinhas de casa" de posts, de acordo com expositores e com pessoas que a reportagem ouviu, grande parte das noivas vinham de outros Estados, assim como os lojistas.

Se por um lado elas buscavam novidades fora de seu reduto, nem sempre puderam levá-las para casa. A mãe de uma noiva de Aracaju insistiu para levar na hora um arranjo de cabelo para a filha, mas ela e a noiva terão de esperar e receber a peça pelos Correios. "Aqui é para pegar o contato da noiva, não vendemos", diz uma das consultoras do estande de Starling.

Já que as noivas não dispensam viajar para que o casamento seja perfeito, a lua de mel não poderia ficar de fora. Jacqueline Dallal Mikahil, da Be Happy - consultoria de viagens para casais, conta que há mais de dez anos transformou sua agência de viagens em uma agência voltada apenas para esse público e cresceu 500%.
"Ao visitar uma feira de noivas há uns anos, senti que faltava um serviço que cuidasse dos noivos quando a festa acaba". A empresa ajuda o casal a escolher o destino e faz pacotes a partir de R$ 100 mil. "A tendência agora é a volta ao mundo em 30, 40 dias, em que o casal visita três continentes". Uma viagem por sete países da África, América do Norte e Ásia chega a custar R$ 300 mil.
Se o dólar em alta arrefeceu as vendas? Negativo. "A gente só readapta o destino. Em vez de Ilhas Maldivas ou Polinésia Francesa, trocamos por África do Sul e Ilhas Maurício", sugere Jacqueline.

E já que a crise econômica ou a distância não são motivo para os noivos deixarem de sonhar com um "dia do sim" superproduzido, fique de olho nas feiras de noivas que ocorrem em São Paulo nos próximos meses e programe-se.

Expo Noivas & Festas
Quando: 18 a 21 de abril
Onde: Expo Center Norte (pavilhão amarelo), r. José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme, zona norte, São Paulo
Casar 2015
Quando: 21 a 24 de maio
Onde: shopping JK Iguatemi - av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi, zona sul, São Paulo 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

BE HAPPY NO DCI

Turismo para a classe A ganha destaque com os novos ricos

Flávia Milhassi


SÃO PAULO - Com a perspectiva de que até 2017 o Brasil tenha uma população de 815 mil ricos, o mercado de luxo, em especial o de turismo, tem crescido de forma significativa. Hoje o País, que conta com cerca de 300 mil pessoas nessa faixa, já tem operações hoteleiras de alto padrão como o Emiliano, Fasano e Unique.

De acordo com o relatório elaborado pela MCF Consultoria sobre o Panorama Mundial do Mercado de Luxo, o segmento cresceu entre 12% e 18% nesta última década, índice esse superior a países emergentes como a China e a Rússia.

Para aproveitar o potencial nacional de ricos e belezas naturais do Brasil e do exterior que a Be Happy, em 2007, passou a atuar no segmento premium. Para segmentar a operação, o diferencial da empresa é apostar em destinos para lua de mel. A fundadora da empresa, Jacqueline Dallal Mikahil, afirmou ao DCI que ao segmentar sua operação praticamente triplicou o seu tíquete médio e por consequência seu faturamento. "Como fechamos destinos em que o tíquete médio é de R$ 16 mil, conseguimos dobrar de tamanho a cada ano", disse a executiva. Anteriormente a empresa era generalista e segundo a executiva a falta de empresas específicas para viagens de lua de mel com roteiro de luxo foi o que levou a mudança da operação. "Antes a comissão de vendas era de R$ 300, agora ele fica em torno de R$ 6 mil."

Jacqueline explicou também que atende apenas os públicos A e B e que essa parcela da população procura mais por destinos conjugados, eles dispõem de mais tempo e dinheiro para a viagem, tanto que as viagens personalizadas são fechadas com seis a oito meses de antecedência e que o dólar, mesmo com seu viés de alta, não fez com que as vendas caíssem. "O que sentimos com a alta do dólar foi a antecipação no fechamento das viagens, mas esses público não é afetado por isso", explicou Jacqueline.

Para atrair o público seleto, uma vez ao ano, a Be Happy promove o Be Happy Hour, um encontro entre as empresas de turismo e potenciais clientes. "Juntamos 25 executivos que mostram os seus serviços para os casais que ainda não decidiram sobre a viagem de lua de mel. A conversão de vendas é excelente", explicou a empresária.

Outra empresa que também aproveitou o segmento de luxo foi a Teresa Perez Tours, que tem mais de 20 anos no mercado nacional. Carolina Perez, foi sócia da empresa por 16 anos e desde 2009 - após vender sua participação na agência de turismo -, ao sentir a falta de profissionalização do setor, idealizou a travelweek (feira de negócios voltado ao segmento de luxo), que nesta semana chega pela primeira vez ao Rio de Janeiro. Em São Paulo ela acontece há três anos e segundo Carolina, houve incremento de 20% no número de expositores na edição deste ano. "A feira contou com 580 empresas nacionais e internacionais, que representam os nomes mais desejados do mundo em hotelaria, serviços, transportes, compras, destinos e passeios. Na edição paulistana ocorridas em abril, tivemos cerca de mil pessoas circulando pela feira", disse.

Em consenso, as empresárias afirmaram que o turismo de luxo no Brasil ainda precisa de investimentos e profissionalização ao ser comparado com o setor nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo. "Estamos apenas engatinhando no segmento premium, há muito espaço para crescer", afirmou a empresária da Be Happy. Carolina, afirmou que a ideia de montar uma feira para o segmento foi para ampliar as possibilidades. "Enxerguei esse nicho para o trade e com o travelweek, a possibilidade de contribuir efetivamente para a qualificação dos nossos profissionais."

Neste ano, o setor de hotéis e turismo recebeu bons investimentos. O Casa Grande Hotel Resort & Spa, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, investiu R$ R$ 1,8 milhão no Spasissimo que reúne em um único espaço três conceitos: spa de destino, spa day e spa médico. Além disso, inaugurou neste mês o Bistrô Saint Malo, sob o comando da chef executiva Jacquelline Roelandt.

Para o diretor-geral do Casa Grande Hotel, Lourival de Pieri, a parceria com o Bistrô Saint Malo vai permitir ao empreendimento ampliar o leque de sabores oferecidos aos seus hóspedes. "É uma honra começar essa parceria com a chef Jacquelline, num ambiente charmoso e exclusivíssimo com um novo cardápio com uma execução primorosa. Fortalecemos os pilares gastronômicos do hotel, com o Thai, Atlântico e o Bistrô atendendo hóspedes e clientes, além de outros restaurantes que completam o hotel."

Nesta semana, o CEO da rede britânica de luxo Rocco Forte Hotels, Rocco Forte estará no Brasil. A iniciativa tem por intuito aproximar os parceiros da marca no País, assim como operadores turísticos e agentes de viagens. O executivo se dividirá entre São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 28 de outubro a primeiro de novembro.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

BE HAPPY NA UOL




Por Cecília Leite, do UOL, em São Paulo

Escolher o local da lua de mel não é tarefa simples. Os primeiros dias como recém-casados devem ser inesquecíveis e, para isso, o destino precisa combinar com o perfil do casal. Para ajudar nesta escolha, o UOL Casamento consultou Jacqueline Dallal Mikahil, proprietária da Be Happy Viagens, agência especializada em destinos românticos. Faça o teste e descubra qual é o cenário ideal para vocês.


http://mulher.uol.com.br/casamento/quiz/2013/08/15/qual-e-o-cenario-ideal-para-a-sua-lua-de-mel.htm


BE HAPPY NO ESTADÃO - CADERNO ECONOMIA & NEGÓCIOS

Pequenos faturam com champanhe de ouro e até massagem na sola dos pés em casamento de luxo

Festas que podem custar muitos milhões abrem uma oportunidade atraente de negócios para pequenos fornecedores

RENATO JAKITAS, ESTADÃO PME

Tiago Queiroz/Estadão
Tiago Queiroz/Estadão
Casamento de luxo é mercado promissor
O Brasil tem em média 19,7 mil casamentos civis por semana, segundo o IBGE. Mas apenas dois ou três entram na contabilidade das cerimônias de luxo, classificação dada aos eventos que custam a partir de R$ 400 mil e tem como teto valores que podem chegar a R$ 10 milhões. São cifras impensáveis para a maioria dos casais. Mas, apesar de restrito, esse mercado representa uma economia que enche os olhos (e os bolsos) de um grupo de pequenos empresários.
Segundo relatório da consultoria Capgemini, o Brasil tem 165 mil milionários. É o tipo de cliente que, de acordo com a associação que representa as empresas do setor de casamentos (Abrafesta), não se intimida em colocar a mão no bolso pela personalização do evento que marca a união matrimonial. “Eles gastam, pelo menos, o dobro do que gasta a classe média, com um desembolso médio de R$ 1,2 mil por convidado”, conta Cristofer Mickenhagen, presidente da Abrafesta. “São pelo menos dois casamentos desse tipo por semana em São Paulo”, revela.
 Quem sabe disso muito bem é a assessora de casamentos Marina Bedaque. Há dez anos ela se incube da produção de festas que duram cerca de 11 horas e não saem por menos de R$ 400 mil. “O ticket médio é realmente de R$ 1,2 mil para cerca de 300 convidados. Mas há festas de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões”, conta a advogada que cobra cerca de R$ 25 mil pela consultoria.
 “O segredo do trabalho é a exclusividade. Eu vou até a casa das pessoas e, tirando o buffet que tem uma logística mais complicada, todo o resto é assim, bem exclusivo. Já teve cliente que pediu seis provas com dez toalhas de mesa em sua casa antes de definir a opção campeã”, destaca Marina, que revela colocar limites no volume de trabalho. “A demanda é grande e até saí de uma sociedade porque o número de atendimentos era quase insano. Cheguei a atender até 35 clientes ao mesmo tempo.”
Mimos. Os interessados em empreender no nicho vão encontrar um mercado consumidor que presa ainda por uma boa lista de serviços agregados. São mimos que vão de massagem nos pés dos convidados até estrutura com maquiadores para atender nos banheiros.
O empresário Leonardo Rizzo, da Cia do Rizzo, encontrou seu filão com um serviço sofisticado de bartender (preparação de bebidas e coquetéis). Além de contar com uma ilha em acrílico transparente toda adornada por espelhos d’água, ele mantém um cardápio que tem, entre as opções, champanhe com gotas de ouro de verdade – ele é oferecido ao lado de outras bebidas ao preço de R$ 72 por pessoa. “Esses dias fiz uma festa no Pantanal, dentro de uma mina de ouro e com show da dupla Edson e Hudson. A pessoa gastou ali uns R$ 10 milhões, você não imagina”, conta o empreendedor que fatura, anualmente, cerca de R$ 4 milhões.
Mas o casamento, como se sabe, não se encerra entre a cerimônia e a festa. Há também a lua de mel. E a paulista Jacqueline Dallal Mikahil pensou em um jeito de atrair para sua agência, a Be Happy Viagens, o público de luxo. Há sete anos ela posicionou o negócio apenas para oferecer pacotes para casais recém-casados. “Começamos com produtos para empresas e algumas pessoas. Hoje 70% do nosso volume de trabalho é lua de mel. Os outros 30% são casais que se fidelizam e continuam comprando conosco.”
O perfil da clientela é composta por empresários ou altos executivos. Jacqueline diz que não consegue vender nada abaixo de R$ 12 mil, mas esse não é o problema. O grosso da demanda vem de pacotes de R$ 30 mil, onde a dobradinha África do Sul e Ilha Maurício é a mais procurada. “Agora o roteiro médio para o público AAA é Maldivas com Emirados Árabes. Eles ficam no hotel Four Seasons, em Maldivas, e no Emirates Palace, em Abu Dabi". O roteiro, com direito a uma noite no deserto dentro de tendas especiais, sai por cerca de R$ 52 mil.